Esse é um conceito da psicologia que define um mecanismo no qual uma crença social, um julgamento ou uma percepção de um contexto a respeito de uma pessoa faz com que isso interfira na forma que ela mesma se vê e, consequentemente, na forma que ela vai se comportar.
Desta forma, ela começa a corresponder com essas expectativas e tornando-as reais ao longo prazo.
Por exemplo, uma pessoa que acredita que um determinado colega de trabalho não gosta dela e quer excluí-la das atividades do escritório. Devido a isso, a primeira pessoa (vamos chamá-la de ‘dona da crença’) passa a se fechar ou ser agressiva com este colega. Acaba sendo uma maneira natural de defesa. Entretanto, o que a dona da crença não percebe é que seus comportamentos agressivos poderão fazer com este colega antipatize com ela e, por fim, realmente acabe por excluí-la das atividades no trabalho às quais ela tanto desejaria participar.
Assim a crença de que o colega não simpatiza com esta pessoa se concretiza e torna-se real. É uma profecia autorrealizável.
Na psicologia cognitiva é trabalhada a ideia de que a forma que eu penso interfere na forma que eu me sinto e, por consequência, na forma em que eu me comporto. Esta maneira de pensar está intrinsecamente ligada ao contexto em que a pessoa está, como os outros a vêem e como esta pessoa responde aos estímulos externos, além da forma que ela lida com todas essas situações.
Nas profecias autorrealizadoras, todo o contexto de crenças compartilhadas, crenças sociais e o próprio autoconceito vão interferir nos padrões de comportamento. É muito importante que estejamos muito atentos a isso. Quando estamos ligados a apenas uma única perspectiva, isso pode gerar uma interferência, agravar, intensificar ou mesmo condicionar um determinado padrão de comportamento.
E você, já identificou alguma profecia autorrealizadora em sua vida?
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